segunda-feira, 28 de setembro de 2009
sábado, 26 de setembro de 2009
Dicionário Linguístico - Minas Gerais

Arreda: Verbo na forma imperativa. Semelhante a “sai”. “Arreda prá lá, sô!”
Belzont: Capital das Minas Gerais.
Beraba e Berlândia: Cidades famosas do Triângulo Mineiro.
Cadiquê: Na forma erudita, CAUSDIQUÊ. O mesmo que “por causa de quê”. É minerim tentanu intendê o pruquê d’arguma coisa. “Pu cadiquê cê num vai?”
Cadisopô: Caixa de isopor.
Conforfô: Conforme for. “Conforfô, eu vô.”
Dendapia: Dentro da pia. “Muié, o galo tá dendapia”.
Dendufornu: Dentro do forno.
Deusdi: O mesmo que “desde”. “Eu sou magrilim deusdi mininu!”
Deusdiqui: Desde que. “Eu sou magrilim deusdiqui eu era muleque!"
Dôdistombagu: Dor de estômago.
Doidimais: Doido demais.
Embadapia: Embaixo da pia. “Muié, as garrafa tá embadapia”.
Émezzz: É mesmo. Expressão usada quando o mineiro fica admirado com algo que lhe contaram ou para confirmar alguma coisa. “Émezzz?”
Intorná: Derramar. “O leite tá ferveno e vai intorná.”
Iscodidenti: Escova de dente.
kidicarni: kilo de carne.
Lidileite: Litro de leite.
Magrilim: Indivíduo muito magro.
Mastumate: Massa de tomate.
Minerim: Nascido em Minas Gerais. “Pessoa duistadiminass”.
Negocim: Qualquer coisa que o mineiro acha pequeno. “Eu num tava veno esses negocim”.
Nemez?: O mesmo que “não é mesmo?”. Expressão usada pelo mineiro quando quer que você concorde com as ideias dele. “O dia tá bunitu, nemez?”
Nimim: O mesmo que “em mim”. “Cruz credo, cê vive agarradu nimim!”
Oiaí: Olha aí. “Oiaí oquiocê feiz!”
Once vai?: O mesmo que “Pra onde você vai?”
Oncotô?: Expressão de dúvida. Empregada constantemente quando o mineiro vai ao Rio de Janeiro ou a São Paulo. “Qui rua é essa? Oncotô?”
Onquié?: O mesmo que “Onde é que é?”. Expressão usada para se informar de uma localização. “Aqui, moço, onquié o Mineirão?”
Ó procevê!: Expressão usada pelo mineiro para manifestar admiração. “O ladrão entrô pela janela! Ó procevê!”
Prõnóistãmuínu: Para onde nós estamos indo?.
Ostrudia: O mesmo que “outro dia”. Variações: ASTRUDIA; ISTRUDIA. “Ostrudia nóis vai!”
Pelejanu: O mesmo que tentando resolver, solucionar. “To pelejanu cum esse troço né di hoje”.
pincumel: Pinga com mel.
Pópôpó?: A mineira de perguntar se pode pôr o pó (ao fazer café).
Pópôpoquin: Resposta afirmativa de responder: Pode pôr um pouquinho.
Pondiôns: Ponto de ônibus.
Prestenção: Preste atenção. “Prestenção na aula, mininu!”
Proncovô?: O mesmo que “Pra onde que eu vou?”. Usada quando o mineiro quer saber que rumo tomar.
Quainaora: Quase na hora. Expressão que indica que o mineiro está ficando atrasado. “Anda, muié, tá quainaora da missa!”
Quiném: Advérbio de comparação. “É bunita qui dói. Quiném a mãe!”
Quidicarne: Quilo de carne. Medida empregada na comercialização de carne. “Aqui, moço, mi dá um quidicarne moída!”
Sapassado: Sábado Passado.
Sessetembro: Dia em que se comemora a Independência do Brasil.
Tidiguerra: Tiro de guerra.
Tissodaí: Tira isso daí.
Tradaporta: Atrás da porta. “Si a visita num disconfia qui tá na hora dimbora, põe a vassora tradaporta que ela toma o rumo di casa”.
Trem: Palavra que não designa apenas meio de transporte; é usada pelo mineiro para fazer referência a qualquer coisa. “Já lavô us trem?”; “Eu comi uns trem"; "Vamo lá tomar uns trem?"; “Qui trem é esse atrás docê?”.
Troço: O mesmo que trem. “Vai arrumá a casa qui ocê dexou os troço tudo bagunçado”.
Uai: Uai é uai, uai sô!

Sapassado era sessetembro, taveu na cuzinha tumando uma pincumel e cuzinhando um kidicarne cumastumate pra fazê uma macarronada cum galinhassada. Quascaí de susto quanduvi um barui vinde denduforno parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinhispludiu!...Nossinhora!...fiquei branco quinein um litileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sensabê doncovim, noncotô e proncovô. Ópcevê quilocura! Grazadeus ninguém semaxucô!!!"
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
9º Encontro Gestar II - 24 / 09 / 09
Tem dias que eu fico pensando na vida

Como é por exemplo que dá pra entender
A gente mal nasce e começa a morrer
Porque não há nada sem separação

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão
A gente nem sabe que males se apronta
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
E o sol que desponta tem que anoitecer

De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

2º momento: Discutimos a importância da Língua e Cultura na sociedade mediante os dialetos e registros do Português.
3º momento: Montamos um Dicionário de Gírias.
Boiar: Não entender, estar por fora do assunto.
Careta: Antiquado, fora de moda.
Da hora: Legal, bacana, de agrado geral. Faz refência a algo atual, do momento, "da hora", quer dizer, que no momento é um sucesso.
Estar limpo: Estar com a barra limpa, estar sem nada, não ter feito nada ilegal ou errado.
Fazer cera: Demorar para fazer algo, fazer lentamente afim de demorar.
Fritar alguém: Ferrar alguém, deixar a pessoa em maus lençóis, em má condição.
Gringo: Americano, estrangeiro.
Jacu: Pessoa do interior, tímida, sem malícia.
Marombeiro: Cara que maromba, que faz musculação e outros exercícios físicos; ser típico de praia.
Na moral: Na boa, sem problemas; denota cumplicidade; usado em saídas estratégicas.
Passar lotado: Passar muito rápido, correndo, com pressa.
Qualé: Diminutivo de "Qual é", usado em questões. Exemplo: "Qualé a sua?" significado "O que você quer/ está querendo?"
Rato: Pessoa astuta, que conhece os macetes das cosas, pessoa maliciosa; rato de biblioteca: aquele que vive lendo; Rato de praia: aquele que vive na praia.
Sinistro: Sem explicação, que aconteceu e ninguém sabe como; pessoa obscura, não conhecida. Exemplo: "Esse cara é sinistro"; "Ih, não gostei disso, ele desapareceu e nem deu notícias, sinistro!"; muito legal. Ex: "Meu, que sinistra essa roupa!"
Tá ligado: Sabe, está sabendo, entende, está entendendo.
Viajar: Estar no mundo da lua, alienado das coisas, não estar presente mentalmente.Viajar na maionese: o mesmo que boiar.
Xonado: Apaixonado.
4º momento: Lemos e discutimos o texto Nóis Mudemo, de Fidêncio Bogo.
(...) As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz, espigado, ossudo, cabelo pixaim, jeitão desconfiado, meio assustado, rabo entre as pernas.
- Por que faltou esses dias todos? – fui logo perguntando ao menino.
- É que nóis mudemo onti, fessora. Nós veio da fazenda.
Risadinhas da turma.
- Não se diz “nóis mudemo”, menino! A gente deve dizer: “Nós mudamos, tá? “
- Tá, fessora! (...)
5º momento: Ouvimos e discutimos as músicas Tiro ao Álvaro, O samba do Ernesto e Oi nóis aqui traveis, de Demônios da Garoa.
Trechos:Tiro ao Álvaro
(...) De tanto levar frechada do teu oiá / Meu peito até parece sabe o quê / Tauba de tiro ao álvaro / Não tem mais onde furar. (...)
O samba do Ernesto(...) O Arnesto nos convidô prum samba, ele mora no Brás / Nóis fumo e não encontremos ninguém / Nóis vortemo cuma baita duma reiva / Da outra veiz nóis num vai mais / Nóis não semos tatu! (...)
Oi nóis aqui traveis(...) Se vocês pensa que nóis fomos embora / Nóis enganemos vocês / Fingimos que fomos e vortemos / Oi nóis aqui traveis. (...)
6º momento: Elaboramos um dicionário mineiro e discutimos algumas raridades da nossa Língua Portuguesa... uai sô!
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
8º Encontro Gestar II - 10 / 09 / 09
Antes do início dos trabalhos, ouvimos a música Monte Castelo, de Renato Russo, para reflexão.

E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.

É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.

Tão contrario a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

1º momento: Os professores cursistas relataram a experiência com os alunos acerca da lição de casa do avançando na prática.
2º momento: Os cursistas foram divididos em grupos. Cada grupo ficou responsável por escolher e estudar uma das seções das unidades 23 e 24 da TP6. Depois foi realizado uma discussão sobre a seção escolhida.
3º momento: Produção Textual: Planejamento e Escrita.
Faça de conta que você viajou numa canoa, durante uma semana.
1º parágrafo: Quem escolheu para ir junto?
2º parágrafo: A que horas saíram e de onde partiram?
3º parágrafo: Para onde foram?
4º parágrafo: Que levaram para vestir, comer e beber?
5º parágrafo: Que fatos importantes aconteceram na viagem?
Completamos a produção " Uma viagem ao Paraíso" substituindo os números pelas palavras abaixo, baseada no planejamento acima.
Importantes - Álbum - Rio de Janeiro - Animais - Entusiasmo - Semana Perigos - Gustavo - Pantanal - Inesquecível - Bebidas - Cobras - Dia - Aventura - Brasil - Mariane - Canoa - Jacarés - Barracas - Viagem - Paisagem - aranhas - Cidade - Alegria - Roupas - Paraíso - Comidas.
Num Belo 1 , eu e os meus amigos 2 e 3 resolvemos fazer uma grande 4 de 5 .
Nós saímos da 6 maravilhosa do 7 aproximadamente às 7:00 da manhã, em uma segunda-feira qualquer.
O nosso destino principal era viver uma grande 8 no 9 . Tendo como objetivo único fotografar a 10 desse lindo e imenso 11 do nosso querido 12 . Para depois, montarmos um lindo 13 com as imagens registradas.
Para essa viagem 14 , nós levamos vários tipos de 15 , 16 e 17 e outras coisas a mais para atender às nossas necessidades.
Chegando ao local pretendido, começamos a montar as nossas 18 , pois iríamos ficar por lá mais ou menos uma 19.
Vários fatos 20 aconteceram na nossa viagem, pois nos deparamos com vários 21 perigosos, como por exemplo, 22 , 23 , 24 , entre outros.
Apesar dos 25 encontrados, conseguimos alcançar a nossa meta, pois fotografamos com muita 26 e 27 o ambiente local.
5º momento: Foi solicitado como tarefa de casa aplicar uma das sugestões do avançando na prática das Unidades 23 e 24.
Avançando na Prática - Eis o espaço para a divulgação dos trabalhos realizados por vocês! Professora Maria Aparecida dos Reis Neves.
7º Encontro Gestar II - 03 / 09 / 09
